terça-feira, 12 de junho de 2007

Interatividade da vida X internet

Segundo Eliane Capra do site Imasters: A maioria da população enxerga a interatividade apenas como uma ação de enviar mensagens e receber respostas. Sim, é verdade que para existir a tal interatividade é preciso que existam dois agentes: um que exprime uma posição, e outro que o escuta e concorda, favoravelmente ou não, com essa posição. A interatividade está ligada aos nossos sentimentos e, nos dias atuais, ela vem sendo amplamente difundida nos meios computacionais diretamente ligados a nós. Desde em um simples caixa eletrônico bancário até nas cabines de jogos, a interação ocorre cada vez mais evidente, com novos "truques" que prendem a atenção dos seus usuários/clientes. E são esses truques que estão nos levando a consumir tais produtos, fortalecendo várias empresas desenvolvedoras desses materiais. Hoje, quase tudo envolve tecnologia. Deixamos de lado o tempo que perdíamos em filas de banco. Deixamos de lado a inércia de jogos bucólicos. Deixamos as cartas escritas à mão e passamos a exaltar os programas de mensagens eletrônicas, com diálogos e imagens em tempo real. É meu amigo! Estamos completamente entranhados com a interatividade computacional. Agora, ela faz parte da nossa essência.
Existem aqueles resistentes que não admitem, de forma alguma, serem manipulados pela interatividade computacional. Porém, querem eles ou não, estão se inserindo, sem querer, neste contexto. É impossível negar que a maioria desses "resistentes" nunca fez transações em caixas eletrônicos, nunca responderam enquetes on-line, nunca mandaram e-mails, nunca mandaram torpedo pelo aparelho celular. Alguns até acham que a influência da computação em nossa forma de interagir é uma questão negativa, pois estamos tendo pouco contato inter-pessoal e crianças estão tendo os produtos tecnológicos como seus melhores amigos. Mas, por outro lado, com as adversidades do dia a dia, a população carece de mais atenção na área tecnológica que a leve interagir muito mais com o mundo.

E a interatividade da internet tem sim seus pontos positivos e negativos como qualquer "coisa", a interatividade pode ser mútua em alguns programas como o Messenger, dando um enter a pessoa lê e imediatamente responde, um diálogo comum, por "torpedos". Já no site de relacionamentos como é o caso do Orkut, no qual, se pode deixar um recado e a pessoa pode demorar minutos como também dias ou horas a interatividade é reativa, provoca certa reação mas, que nem sempre é imediata. Existem pessoas que moram na mesma cidade e conversam através do computador, a falta de tempo e a rapidez (e eficácia) cada vez maior dos meios tem contribuído, e ao mesmo tempo aproxima pessoas que estão distantes. Assim como existe o afastamento do meio social fisicamente permite um acesso imenso de informações ao mesmo tempo. Então, vai do bom senso de cada um fazer a dosagem do tempo que passa em rede e no convívio social, além do proveito a ser retirado de cada um.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Democratização seria urgente?

Segundo a entrevista com Rodrigo Baggio, fundador e diretor-executivo do Comitê para a Democratização da Internet (CDI) o cenário atual não é nada bom, pois são poucos usuários para toda população referindo-se ao índice de 8% de cidadãos com acesso à rede. Para Baggio: “A participação de empresas privadas é imprescindível para o sucesso da inclusão digital, assim como a participação do Governo e também do terceiro setor. A visão da rede CDI é que o poder público não precisa reinventar a roda na área de inclusão digital. No Brasil, temos projetos de inclusão digital com bastante qualidade, já testados, em pequena, média e larga escala, de diversas ONGs, empresas e organizações. Para a gente transformar isso em uma política pública e aumentar a escala, faltam recursos financeiros. Os telecentros, infocentros e escolas, os projetos de inclusão digital são fundamentais nessa mobilização. São esses projetos que mobilizam a comunidade para participar da democratização, são eles que vão ampliar, dar base à Campanha”. É incrível, mas segundo fontes, também do site do CDI, no nosso país mais da metade dos brasileiros acima dos dez anos de idade nunca usou um computador (55% da população) e 68% delas nunca acessaram a Internet. Em compensação, os que tem acesso passam em média 16 horas e 54 minutos na Internet, fazendo dos brasileiros recordistas em tempo de navegação mundial domiciliar, à frente de países Europeus e dos Estados Unidos.As dificuldades do não-acesso variam uns não conseguem emprego por não ter domínio do computador, outros se sentem excluídos socialmente, sendo mais um causador de revoltas, principalmente em adolescentes. As ONG’s existem, porém, quando tem equipamento, são assaltadas e faltam também profissionais para ministrar aulas. Falta incentivo do governo, o barateamento dos computadores, os valores cobrados para ter acesso a Internet, ainda são altos mesmo com as bandas-largas. E mesmo assim sabe-se também de lugares em que não há luz elétrica, então fica uma questão a se refletir, pois existem tantos fatores básicos, que o problema da democratização dos computadores e da Internet é apenas mais um.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Denúncias de sites com abusos sexuais em crianças

Segundo o site da BBC, dia 17 de Abril de 2007, foi divulgado um relatório da Internet Watch Fundation (IWF), uma das maiores organizações de fiscalização de pedofilia na internet, um alerta sobre o aumento no número de sites contendo imagens de abuso sexual de crianças. Mais de três mil páginas continham imagens mostrando abusos sérios, como atividades sexuais envolvendo penetração ou sadismo.Inclusive, a maioria das crianças eram menores de 12 anos. Peter Robbins, presidente do IWF disse: "Elas não tem escolha. Não há consentimento, elas estão sendo estupradas." O relatório mostrou também que como os pedófilos tem cada vez mais conhecimento da tecnologia conseguem evitar que os descubram. Alguns sites ficam pouco tempo no ar e mudam frequentemente de endereço dificultando as denúncias e, assim, a polícia nunca tem tempo suficiente para reunir as provas e incriminar os culpados. Afirmou também que muitas das denuncias são feitas a partir de imagens contidas em sites comerciais, pois, muitas vezes pessoas que procuram a pornografia ou clicam em spams acabam chegando às imagens. O site da IWF está aberto à denuncias que podem ser feitas anonimamante.

Assim, temos um resultado vergonhoso e revoltante da maneira como a internet está sendo usada. A tecnologia que foi criada para auxiliar a sociedade acaba sendo contaminada pelo crime. O que mais indignina é a crueldade com que usam a imagem das crianças numa situação extremamente degradante como no caso de abuso sexual. É lamentável também que o número de páginas com conteúdos pedófilos tenham aumentado. A internet tem colaborado com o abuso, mas por outro lado é através dela que conseguimos denunciar, mesmo que pareça pouco perante o tamanho do fato devemos fazer nossa parte e torcer para que a polícia consiga um dia encontrar os culpados e os julgar da forma que merecem.